quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Mente Perdida


Respirando profundamente
De olhos fechados e mente conturbada
Hoje tenho apenas meu mundo de leitura
Meu mundo imaginário
Sou a autora das obras que me encantam
Dos textos que afloram a imaginação
Noite de tristeza, noite passada em claro
Preocupações, interrogações
Medos e incertezas me puxam pra baixo
Olhando o céu
Insegura dentro do meu próprio corpo
Sinto a vontade de ser eu mesma se esvair
Não quero mais dormir
Não tenho mais as mesmas necessidades de antes
Vou ficar acordada
Até minha dor passar, até meu coração voltar a bater normalmente
Até meu mundo voltar ao meu controle...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Por mais que eu diga não


Em uma conversa tranquila hoje à tarde, meus pensamentos me traíram.. 
Minha mente ia e voltava ao assunto que eu não queria enfrentar 
O rosto da pessoa tão evitada até por meus instintos aparecia em qualquer outro rosto 
A voz que eu tanto quero esquecer vem aos meus ouvidos como forma de melodia 
Eu preciso dizer não e assim permanecer
Não posso me deixar iludir por cenas inventadas pela minha imaginação 
Mas por mais que eu diga 'Não' meus pensamentos me traem 
Me levam a sonhos e devaneios, ilusões que não valem a pena 
Não posso alimentar isso dentro de mim
Mas não sei como posso evitar tudo isso acontecer
Teu jeito cativante, teu sorriso encantador
Não achou apenas a mim, encontrou em outros corações os mesmos devaneios 
Sinto-me infeliz ao lembrar que não posso sentir nada disso 
Que minhas tardes serão assim 
De sonhos e ilusões construídas a beira do penhasco que se chama realidade...

domingo, 24 de fevereiro de 2013

É tudo um sonho...

Sentada no banco frio desta praça de bairro, me sinto vazia
O frio congelou meus instintos...
Não sei se devo acreditar que algo poderá acontecer entre nós
O inverno chegou aos meus pensamentos, me levando ao pessimismo.
Me encontro atordoada, sem saber ao menos como devo te tratar
Julgo não ser possível acontecer algo entre nós
Mas não posso negar que meus devaneios fervem de imaginação e cenas
Respiração falha, mãos a me aquecer
Preciso de você para romper o frio que há em mim
Preciso de muito mais que sonhos para aquecer o gelo fino que me da vertigem
Olhos nos olhos, calor no coração
Palavras sem sentidos pronunciadas de qualquer forma
Amor, beleza em cada ato encenado
Frio quebrado, é tudo o que eu quero
É tudo um sonho...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O farfalhar das folhas de outono



O vento passa, bagunça o meu quintal
Leve, faz dançar as folhar caídas no chão
Pego-me admirando a bela cena
O outono pesado como está ainda assim guarda consigo momentos de encanto
As folhas caem, espalham-se no chão terroso
Fazem um tapete amarelo no jardim descomunal 
O farfalhar das folhas, a musica cantada pela natureza
Me encanta, me convida a participar
A me jogar na pilha de folhas secas lá fora no quintal
O outono e suas belezas, folhas dançarinas por todo lado
Ao som do vento, aos olhos atentos no escritor...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Um simples instante negro


Saudades e perguntas mudas
Me encontro entre a ingenuidade e a idiotice
Não sei qual era a realidade daquele tempo em que vivíamos
Não tenho a certeza do que foi real
Um simples instante negro
É isso que ficou
Ainda trago as marcas do dia em que você disse adeus
Friamente, sem qualquer sombra de sentimento na voz
Já foi o tempo que nos chamávamos de amigas, de família
Acabou, e não vejo hoje o que posso fazer para curar a dor
Sinto-me completamente inútil
Como algo facilmente descartado
Não foi escolha minha passar por isto
Mas vou enfrentar, porque não quero e não vou lutar sozinha nessa
Dói a mínima lembrança dos anos anteriores
Dói a lembrança de partes importantes da minha vida
Não tenho como apagar, e não quero fazê-lo
Não há quem me diga o quanto besta eu fui
Assim sigo, confusa e sozinha
Com o peso do adeus nas costas...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Dançando...

“Musica ao fundo
Olhos nos olhos
Sua mão na minha cintura
Minhas mãos em torno de seu pescoço
A dança se inicia
Não posso parar de te olhar
Não quero mais te largar
Um passo para o lado
Um passo para trás
Olhos nos olhos
Não se desviam
Não se desgrudam
Feitos um para o outro
Passos sincronizados
Perfeição em cada instante
Momento eternizado
Jamais esquecerei
Jamais acabarei esta dança
Não vemos o tempo passar
Não nos soltamos mais
Fomos feitos um para o outro
E para juntos dançar
Ao som da musica da vida!”

Nova Sensação


O brilho dos olhos que me encantam
Desviam toda e qualquer atenção de outra fonte de brilho incomum..
O sentimento que cresce dentro do meu peito, rompe as barreiras e desabrocha num descuido do tempo..
Não sei como vai ser, como não sei se devo me permitir a isso.
Vinte segundos de coragem, é tudo o que eu preciso!
Deixo-me voar nesta nova atmosfera criada ao meu redor..
O cheiro inebriante do teu abraço me entorpece por inteiro
Pensamentos vem e vão, correria de adrenalina passa por todo o meu corpo
Imaginação solta a todo vapor, cenas, imagens, circunstancias eu crio, vivo, dou risada
Borboletas no estômago, sensações nunca sentidas antes.
Brilho nos olhos e riso frouxo
Encanto, bobeira, não sei dar nome a isso
Não quero dar nomes..
Quero aproveitar a sensação desconhecida por um breve momento
O breve momento do encontro de olhares
O breve momento do desenrolar dos fatos...

Aldi Santos

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Lembranças

Lembranças antigas, fotos guardadas
Tanta coisa já vivemos, tanta coisa compartilhada
Ainda não acredito que tudo isso passou
Agora só nos restam as lembranças
Praticamente uma vida foi criada
E hoje tristemente esquecida
Não me conformo e nunca iria me conformar
Mas as atitudes impensadas nos levaram a isto
Dói só ter as lembranças como consolo
Dói não poder mais ter teu colo e teu apoio
Mas a vida segue e assim deve ser feito
As lembranças para sempre ficarão
Mesmo que nada volte a ser como era..

 Aldi Santos

Noite de aflição

Sem rumos meus pensamentos vagueiam livres em minha mente
Não tenho forças para me levantar sozinha
Mas uma vez me deixei cair pelo caminho
Levei mais uma rasteira do ‘destino’
Essa noite de aflição parece não acabar mais
As cenas vividas ao longo do dia me sufocam
Melancólica, frágil, pequena dentro do meu próprio corpo
É assim que me sinto, é assim que sou
Os livros de histórias e os álbuns de fotografias antigos foram derrubados das estantes da minha memória
Uma desordem de instaura em meu ser
Pensamentos sem rumo, frases que não transmitem a intensidade da minha dor
Sofro calada e sozinha nessa noite de aflição
Só travesseiro e olhos no teto
Sem coragem pra ligar e incomodar alguém com meus problemas
Sozinha, perdida e caída pelos meus próprios tropeços...

Aldi Santos

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Momento de devaneio


Há poetas escondidos sob a manta de folha
Há tristezas dissolvidas no estourar de uma bolha
Vai e vem de vida louca
Nesse mundo doentio
Nevascas de sentimentos
Brotando como flores nos canteiros do coração
Há poetas e artistas negando o seu destino
Viajando noite e dia
Seguindo a insana ilusão de um futuro inexistente
Há mãos nervosas
Segurando o remo do destino
Há medos escondidos no escuro frio do bem estar
Indecisões atrapalhadas
Certezas machucadas
Há fases indecifráveis de vidas uniformes
Montanhas russas loucas, sem rumo
Vai e vem de pessoas destemidas... 

Aldi Santos

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Tenho medo... confesso

Confesso meu medo do mundo
E os pensamentos retraídos sob o escuro, confuso e frio
A vida é mutável            
E as mudanças me causam medo
Medo... tenho medo
... De não ser real
... De não ter sido verdadeiro
Tenho medo do palácio de cristal desmoronar
Eu tenho medo...
... Do estranho hábito da despedida
... Do adeus adiantado pelo medo de viver
Tenho medo das bruscas mudanças de fase
E da invasão de sentimentos conturbados
Tenho medo de mim
E do que posso me tornar
Tenho medo de tudo o que possa me machucar
Tenho medo e não nego
É normal sentir medo
Mas negar e deixar de seguir em frente são para os fracos
Tenho medo.. confesso
Mas não paro de andar...

Aldi Santos 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Espelhos Turvos


No reflexo torto do espelho, não vejo a minha imagem
Perdida foi minha face por entre os brilhos do passado
Desfocada no espelho turvo
Onde está o brilho cego dos meus olhos infantis?
Nada de mim se encontra mais
Imagens turvas, sem formas ou definições
Não me vejo, ali não me acho
Me perdi de mim mesmo
No reflexo do espelho maltrapilho não encontro cor
Cores, melodias, sem rimas
O espelho cinzento acabou com minha imagem
Esqueceu de uma vez quem fui, quem sou, não serei
Não me mostra o futuro, nem o passado me deixa ver
Imagens turvas do presente, nem esse mesmo posso olhar
Sem reflexo, sem imagens
Sem face eu serei, sem identidade vou andar
Espelho turvo, de nada me serve, de nada adianta
Preto e branco, cinza, estranho
Espelho sem formas.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Detalhes

Fatos simples, acontecimentos tão irrelevantes
Tantos momentos passam despercebidos por nós
Nosso dia a dia é tão corrido
Quase nunca, ou nunca, paramos para observar o mundo que nos cerca
O desabrochar da flor, o voo dos pássaros
A mudança que ocorre dentro de nós mesmos todos os dias
A cada novo dia um novo milagre acontece
O perfume inebriante das rosas
O olhar sincero do amor
Tantos detalhes são esquecidos
Tantas palavras são esquecidas nas páginas do diário
Pensamentos e sentimentos diferentes nos atingem a todo instante
Mas os detalhes são apagados
Infelizmente o brilho daquele minuscula estrelinha que um dia vimos no céu...
Será esquecido
O aspecto da flor ao se mostrar ao mundo...
Será esquecido
Muitas histórias vem, passam, ficam e retornam
Mas os fatos simples tornam-se irrelevantes
Que a tinta usada no papel das minha lembranças não se apague nunca
Desejo que os detalhes façam a diferença em meu mundo preto e branco
Eu quero a flor, as gotas de chuva, os detalhes me rasgando por dentro
E me fazendo um ser melhor
Detalhes que fazem a diferença e tornam a vida mais bela
É isso que quero, pequenas mudanças!