sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

São muitas bocas, e muitas conversas...

Tantas bocas e conversas, desconversas, histórias e devaneios 
São tantos embaraços, tantos rostos
Olhares curiosos que deduzem o que, iludidamente, acham que estão vendo 
São pedras, brigas e confusões, conversas e desconversas 
São cochichos atrás das cortinas, são olhares que buscam sugar toda e qualquer informação 
Tantas bocas, tantos rostos 
Embaraços e novelos de mentira
Metros de fofocas, línguas afiadas que cortam e consomem toda carne que ameaça ser novidade 
E o que eu acho disso? 
A cada boca que se abre, a cada língua sangrenta em busca de uma nova história 
Eu estou mais longe, sigo andando
Porque são tantos rostos, tantas histórias e tantos segredos 
Que desvendá-los seria burrice
São tantas bocas, tantas conversas e desconversas 
Tanta gente tola, que tenta de forma inútil se alimentar das vidas dos circulantes 
São tantos embaraços, gente perdendo o direito de escrever a própria história 
E sabe o motivo?
Porque as conversas e desconversas sobre as outras vidas os atrai 
Os fazem perder seu precioso tempo, olhando curiosamente para o livro fechado de uma pessoa que pouco se importa com os olhares curiosos
São muitas bocas, e muitas conversas...