Tantas bocas e conversas, desconversas, histórias e devaneios
São tantos embaraços, tantos rostos
Olhares curiosos que deduzem o que, iludidamente, acham que estão vendo
São pedras, brigas e confusões, conversas e desconversas
São cochichos atrás das cortinas, são olhares que buscam sugar toda e qualquer informação
Tantas bocas, tantos rostos
Embaraços e novelos de mentira
Metros de fofocas, línguas afiadas que cortam e consomem toda carne que ameaça ser novidade
E o que eu acho disso?
A cada boca que se abre, a cada língua sangrenta em busca de uma nova história
Eu estou mais longe, sigo andando
Porque são tantos rostos, tantas histórias e tantos segredos
Que desvendá-los seria burrice
São tantas bocas, tantas conversas e desconversas
Tanta gente tola, que tenta de forma inútil se alimentar das vidas dos circulantes
São tantos embaraços, gente perdendo o direito de escrever a própria história
E sabe o motivo?
Porque as conversas e desconversas sobre as outras vidas os atrai
Os fazem perder seu precioso tempo, olhando curiosamente para o livro fechado de uma pessoa que pouco se importa com os olhares curiosos
São muitas bocas, e muitas conversas...
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