quinta-feira, 29 de maio de 2014

Chuvas do fim de maio

Você não entendeu o que eu queria dizer
Você não acreditou nas palavras simples que eu queria falar
Você me deixou ir... E fui coberta pela chuva fina que caía 
E assim tudo se inundou, foi levado, e esquecido pelas chuvas do fim de maio...
Eu te falei, eu prometi
Jamais iria te dizer um não...
Você me deixou ir e eu sofri, sofri porque não pude escolher
E os sentimentos se confundem, os limites se dissolvem
E numa onda de café de açúcar noites me levam a pensar, soluçar...
Tua imagem na neblina é o mais nítido que te tenho
Imagens de lembranças abafadas pelo toque úmido do meu travesseiro 
Você não me entendeu, não me quis acreditar 
Me lançou no escuro frio das chuvas do fim de maio...
Como uma bonequinha de papel machê fui dissolvida pelas tempestades 
E numa onda de café com açúcar a neblina vem me conversar
Me fazer soluçar, e rever, e pensar sobre essas chuvas do fim de maio...
E rever, e amar essa neblina que me fez te ver
Me molhar, e dançar, deixando as tuas escolhas te levarem ao teu destino 
E rever, e sonhar, escrever infinitas linhas sobre essas chuvas do fim de maio...

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